"E ao voltar-me vi injustiça em tudo quanto acontecia debaixo do Sol, e olhei, e eram lágrimas daqueles que sofreram a injustiça, sem ninguém que os consolasse e aqueles que cometeram injustiça em relação a eles eram demasiado poderosos. Então louvei os defuntos que já tinham morrido.
Louvei os mortos. Todas as coisas têm o seu tempo, coser e rasgar, guardar e atirar fora. Louvei os mortos que jazem sob as árvores, dormindo."
Alfred Döblin, Berlim Alexanderplatz, trad. Sara Seruya e Teresa Seruya, 2ª ed., Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2010, p. 467.
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