"Não passas de uma sombra turva, de um duro núcleo de indiferença, de um olhar neutro que foge dos olhares. A partir de agora, de lábios mudos, olhos apagados, saberás detectar nas poças de água, nos vidros, sobre as carroçarias reluzentes dos automóveis, os reflexos fugazes da tua vida suspensa."
Georges Perec, Um homem que dorme, trad. Maria Jorge Vilar de Figueiredo, Lisboa: Ed. Presença, 1991, p. 23.
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