"Anjo! haveria uma praça que não conhecemos, e ali,
sobre o tapete indizível, mostrariam os amantes, que aqui
nunca chegam a poder realizá-las, as suas ousadas
altas figuras do impulso do coração,
suas torres de desejo, suas escadas que, há muito tempo,
ali onde o solo falhava, apenas se apoiavam
uma à outra, trementes, - e ali poderiam,
em frente dos espectadores em volta, inúmeros mortos silenciosos:"
Rainer Maria Rilke, "A Quinta Elegia de Duíno", trad. Paulo Quintela
No comments:
Post a Comment