A LUZ SE APAGA, A BRUMA SOBE...
"A luz se apaga, a bruma sobe, as ondas indistintasfundem o seu som à noite lenta e quieta.Não natureza isto: uma tristeza sóde nos pensarmos quanto no passadose era animal sem culpa e sem vilezade ser-se humano em pensamento. Nadahá senão só um corpo que não falee que não pense para mais que o instante de usar-se inteiro no esquecer da vida.E a vida então será, sem noite e sem memória,o prazer puro em triunfar-se viva."Jorge de Sena, "Exorcismos", in Poesia III, Lisboa: Edições 70, 1989, p. 136.
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