"Não havia nenhum remédio. Ficavam de olhos colados às vidraças dos cafés a ver o tédio comer os passeios. Traziam os filhos, traziam tudo. Uma goma mortífera escorria-lhes pelas pálpebras. Olhavam uns para os outros atónitos de sono, imóveis no pavor de acordarem e serem fulminados pelo simples fulgor de uma pupila..."
Eduardo Valente da Fonseca, Os Criptogâmicos. Porto: Livraria Paisagem, 1973, p. 31.
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