MACABER
"A desoras, quando treme o arvoredo,
E o Silêncio esmaga as fortes Ventanias,
No baile macabro damos as mãos frias
E vamos dançar cancans que metem medo.
E quem sabe lá, profunda Noite escura,
Se as voltas que demos quando ainda não
Das voltas que demos quando ainda não
Tínhamos descido à negra vala impura.
Ai quem sabe lá! que a Vida é um enigma
Aonde entramos rindo sem pensar na vida...
Vale mais morrer, que a Morte é a saída
Dessa pena injusta, desse infame estigma."
José Duro, Fel, 11ª ed., Lisboa: Guimarães Editores, 1983, p. 35.
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