"Conjugar a impessoalidade (universal) e a circunstância (singular) é o mistério das letras. É ele que constitui a relação literatura-vida. O discurso poético não é alheio ao que há de silêncio, de não-linguagem, na sua circunstância, e por isso há nele uma inflexão sem regra, misteriosa. Não se deve por isso acusá-lo de obscuridade - ser obscuro é a sua condição."
Silvina Rodrigues Lopes, Literatura, defesa do atrito. Lisboa: Vendaval, 2003, p. 80.
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