"Melhor do que um poema
é por exemplo: Nenhum poema,
porque o não-poema vive
como morna macieza da inspiração:
sentimento cósmico
da gota na água.
O corpo sente-se aconchegado.
O coração nada sente.
A balança está equilibrada.
O prumo pende imóvel.
Poema é um estado
que o poema destrói
ao sair
de si próprio."
90 Poemas de Günter Kunert, trad. João Barrento. Lisboa: a paginas tantas, 1983, p. 50
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