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O tesouro é então a magnólia segredada entre nós dois
É o canto que circula entre os lábios, a seiva
Entre o nosso cérebro e o seu próprio coração.
O coração do poema é a magnólia ao vento. Abro
Os braços, as veias, e digo
Tu que te abrigas fora da casa. E a minha promessa
É esta - o banco que de pedra existe
Junto da magnólia permanece
Mesmo quando a sombra
Seca. E o pássaro parte. E a flor
Depois das chuvas não vem."
Daniel Faria, Dos Líquidos, in Poesia, ed. Vera Vouga, 3ª ed. Vila Nova de Famalicão: Quasi Edições, 2009, p. 332.
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