PARA L., QUE TEM DE ACEITAR
"Há uma mulher a morrer sentadaUma planta depois de muito tempo
Dorme sossegadamenteComo cisne que se preparaPara cantarEla está sentada à janela. Sei que nuncaMais se levantará para abri-laPorque está sentada do lado de foraE nenhum de nós pode trazê-la para dentroEla é tão bonita ao relentoInesgotávelÉ tão leve como um cisne em pensamentoE está sobre as águasÉ um nenúfar, é um fluir já anteriorAo tempoSei que não posso chamá-la das margens."Daniel Faria, Dos Líquidos, 2ª ed., Vila Nova de Famalicão: Quasi Edições, 2003, p. 124.
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