"O presente é inconsciente como a juventude: - só na idade reflectida se mede o prazer que passou. O prazer é vivaz e efémero; a recordação vem esmorecida, mas pousa e fica. A alegria vale, sobretudo, pelo fio de doçura que deixa a saudade nevoenta...Quando fruímos um prazer, com a ardência do sol em chamas, estamos a preparar o luar desse gozo: o deleite brando e demorado de o relembrar."
Antero de Figueiredo, Jornadas em Portugal, 7.ª ed., Lisboa: Livraria Bertrand, s.d., p. 1.
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