"Que farei
quando já nenhum palheiro mendigar para a minha existência,
quando o feno arder em aldeias húmidas,
sem coroar a minha vida?
Que farei
quando a floresta crescer apenas na minha fantasia,
quando os regatos só já forem artérias vazias e lavadas?
Que farei
quando já das ervas não vier qualquer mensagem?
Que farei
quando estiver esquecido por todos, por todos...?"
Thomas Bernard, Na Terra e no Inferno, trad. José A. Palma Caetano, Lisboa: Assírio & Alvim, 2000, p. 49
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