QUALQUER COISA DE PAZ
"Qualquer coisa de paz. Talvez somentea maneira de a luz a concentrarno volume, que a deixa, inteira, assentena gravidade interior de estar.Qualquer coisa de paz. Ou, simplesmente, uma ausência de si, quase lunar, que iluminasse o peso. E a correntede estar por dentro do peso a gravitar.Ou planalto de vento. Milenáriasemeadura de meditaçãoexpondo à intempérie a sua áreade esquecimento. Aonde a solidão,a pesar sobre si, quase que arruínaa luz da fronte onde a atenção domina."Fernando Echevarría, Figuras, in "Poesia, 1987-1991", Porto: Ed. Afrontamento, 2000, p. 26.
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