Thursday, August 13, 2009

AND YOU TWIST THE DARKNESS IN YOUR FINGERS

"E tu revolves o escuro nos teus dedos, tu
Que és ligeiramente mais velho...
Quem és tu, no fim de contas?
E é cor de areia,
O escuro, à medida que se coa pela tua mão
Pois que sentido faz qualquer coisa,
A hora e a areia? Esse barco
Remando para a margem? Serei eu maravilha,
Estrategicamente, sob a luz
Do longo sepulcro que escondeu a morte e me escondeu a mim?"


John Ashbery, Auto-Retrato Num Espelho Convexo e outros poemas, trad. António M. Feijó. Lisboa: Relógio D'Água, 1995, p. 25.

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