DEUS OLHANDO AS CASAS
"Com seus olhos estáticos na cumeeiraa casa olha o homem.A intervaloslhe estremecem os ouvidosde paredes sensíveis,discernentes:agora é o amor,agora é a injúria,punhos contra a parede,pânico. Comove Deusa casa que o homem faz para morar,Deusque também tem os olhosna cumeeira do mundo. Pede piedade a casa por seu donoe suas fantasias de felicidade.Sofre a que parece impassível. É viva a casa e fala. Adélia Prado, "Oráculos de Maio", in Com Licença Poética - antologia, selecç. Abel Barros Baptista. Lisboa: Cotovia, 2003: 114.
No comments:
Post a Comment