FAZER DA MORTE O EDIFÍCIO
"Que façam só da morte o edifícioonde mergulham as raízes simplesdos prumos, o cristal que se distendepelo centro das salas que cintilam,e nesta superfície há-de ficar o coração inerme, o leve indíciode corredores perdidos, ao colhermosmais perto das paredes qualquer frutocujo sabor continha o que se ocultaem torno do que fora a leve mágoade só nele encontrarmos o sentidode uma memória extrema, onde se apagao desígnio que fica ilimitadonas bruscas praias dessa arquitectura."Fernando Guimarães, Casa: o seu desenho, Lisboa: IN-CM, 1985, p.12.
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