Sunday, October 11, 2009

UND WIEVIEL BIS DER FLUSS GESCHÖPFT



"Para qualquer sítio abandonar o mundo
sem sair de nenhum lugar
o que cresce
o que murmura
o que tudo abala
só água e cada hora
que cai pela noite fora
o que está deitado só
nada já fundo e longe
enquanto as horas deslizam certas
transpondo a margem
para onde o olhar
transpondo as margens onde só
e tanto até o rio ficar esvaziado -
colhido
tudo experimente o homem
para cada viagem"


Eva Christina Zeller, Sigo a Água, trad. Maria Teresa Dias Furtado, Lisboa: Relógio D'Água, 1996, p. 51.

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