"Como seres tradutores, os homens despertam para o mundo; como seres que passam, dão formas às suas linguagens metafóricas e metafísicas através das quais passam à expressão pontos de vista sobre a totalidade; como animais que mudam de elemento, desenvolvem a sua tensão característica num algures que vagueia na sua mente como uma terra de saudade e de procura; como sujeitos de insegurança no elemento, os homens desenvolvem-se em animais metafísicos problemáticos que ocasionalmente se extraviam na sua inclusão no mundo; como seres que se podem extraviar do seu elemento, esforçam-se em encontrar remédios para a certeza de se encontrarem fora do lugar e num elemento que não é o deles"
Peter Sloterdijk, O Estranhamento do Mundo, trad. Ana Nolasco, Lisboa: Relógio D'Água, 2008, p. 55.
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