SENHOR DOS PASSOS II
"Nunca uma morte terrena tinha acontecidoassim. Segurou-a ainda por um braçoantes de a lançar para o abismo. A água surgiu devagar em cima das rochasE o seu corpo colou-se às grades quetapavam a entrada de um viveiro. Caiulançando um grito e a espuma saltouno embate afugentando os pássarosdo mar. Ninguém reconheceu neste acto um assassínio e no entanto o sangue desceupor uma ranhura e a pele cortada espalhou-sepelos cantos da praia entre as urzes. Era o início de uma assombração."Jaime Rocha, Os Que Vão Morrer, Lisboa: Relógio D'Água, 2000, p. 10.
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