"O homem é simplesmente um gesso, embora um gesso admirável, que se marmoriza e transfigura na lenta obediência às leis reveladas de Deus!- E não trabalharia Deus algumas criaturas fora dos moldes e naturezas vulgares?Creio que sim. A essas criaturas disse Deus talvez: ide e revelai-vos. E elas, revelando-se, revelaram-no, acrescentando Deus do génio inconsciente da sua imagem humanizada - milagre ainda divino!- Que importa o Génio! disse o santo irado. O génio mundano só é apreciável quando serve a Alma.Que tem criado em geral?- Monstros. Embora monstros de Beleza."
Visconde de Vila-Moura, "Ismael", in Ficção e Narrativa no Simbolismo, selec. Fernando Guimarães, Lisboa: Guimarães Editores, 1988, p. 149.
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