"Ó morte, velho capitão, é tempo! Ao largo!
Este país enfada, ó Morte! Aparelhemos!
E se o céu e o mar são escuros como breu,
Os nossos corações estão cheios de raios!
Verte-nos o teu veneno, ele nos conforta!
Queremos, tanto esse fogo nos queima o cérebro,
Mergulhar no abismo, Inferno ou Céu, tanto faz!
No Desconhecido encontraremos o novo!"
Charles Baudelaire, As Flores do Mal, trad. João Moita, Lisboa: Relógio D'Água, 2020, p. 293.
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