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AS JANELAS
Nestas salas escuras, onde vou passando
dias pesados, para cá e para lá ando
à descoberta das janelas. - Uma janela
quando abrir será uma consolação. -
Mas as janelas não se descobrem, ou não hei-de conseguir
descobri-las. E é melhor talvez não as descobrir.
Talvez a luz seja uma nova subjugação.
Quem sabe que novas coisas nos mostrará ela."
Kostandinos Kavafis, Poemas e Prosa, trad. Joaquim Manuel Magalhães e Nikos Pratsinis. Lisboa: Relógio d'Água, 1994, p. 83.
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