REFLEXÃO SOBRE O FIM DO MUNDO
"No fim de um mundo melancólicoos homens lêem jornais.Homens indiferentes a comer laranjasque ardem como o sol.Me deram uma maçã para lembrara morte. Sei que cidades telegrafampedindo querosene. O véu que olhei voarcaiu no deserto.O poema final ninguém escreverádesse mundo particular de doze horas.Em vez de juízo final a mim me preocupao sonho final."João Cabral de Melo Neto, O Engenheiro, in Poesia Completa, Lisboa: IN-CM, 1986, p. 417.
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