"E eu fico abandonada
na cerca de gelo ferida.
Inda a neve me não pôs
nos olhos a sua venda.
Agarram-se a mim os mortos,
Nenhuma voz me nomeia.
Ninguém me ama, nem por mim
acendeu uma candeia."
Ingeborg Bachmann, O Tempo Aprazado, trad. João Barrento e Judite Berkhemeier, Lisboa: Assírio & Alvim, 1992, p. 85.
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