"Eu sou o deserto.Todos os desertos são iguais, porque quando estamos acompanhados, podemos estar acompanhados de mil maneiras diferentes. Depende de quem está à nossa volta, ou aquilo que nos cerca. Mas a solidão é só uma, é sempre a mesma. Por isso, eu sou todos os desertos em toda a sua vastidão, pois a minha solidão é a solidão de todas as pessoas, de todos os seres vivos, de todas as pedras, de todas as perdas."
Afonso Cruz, A morte não ouve o pianista, Lisboa: Editora Objectiva/Alfaguara, 2012, p. 7 (apud Jesus Cristo bebia cerveja).
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