"Se nas linguagens metafísica e moral as sombras servem como possibilidade de acesso à luz e à distinção entre a origem do que ilumina e a recusa da própria iluminação, que é o modo como estas linguagens em última instância olham as sombras, na linguagem artística as sombras são a própria evidência da luz e os seus frutos sombrios distinguem-se das próprias sombras físicas enquanto frutos directos do sol sem interferência de nenhum objecto."
Paulo José Miranda, Um prego no coração, Lisboa: Cotovia, 1997, p. 73.
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