"Nós vemos-te, céu, nós vemos-te,
De borbulha em borbulha,
avanças,
de pústula em pústula.
Assim aumentas a eternidade.
Nós vemos-te, terra, nós vemos-te.
De alma em alma,
expões-te,
de sombra em sombra.
Assim respiram os incêndios do tempo."
Paul Celan, "De Limiar em Limiar", in Sete Rosas Mais Tarde - Antologia Poética, trad. João Barrento, 2ª ed., Lisboa: Cotovia, 1996, pp. 65; 67.
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