"A escuridão deita-se nas ravinas como nos nossos sítios, a montanha suaviza a planície, os caminhantes arrastam atrás de si os seus bocados mais preguiçosos, até os vagões tomam uns ares amolecidos, afectados, distraídos: é a Sombra, a Sombra. Mas isto depressa acaba. O sol toma altura, recompõe-se rapidamente, encarniça-se contra todas as sombras. E em breve só temos sombra debaixo dos pés. A justiça implacável do Equador está de regresso."
Henri Michaux, Equador, trad. Ernesto Sampaio, Lisboa: Fenda, 1998, p. 82.
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