"- Se queremos que o relógio de sol da vida mostre a mão, que é como quem diz, o ponteiro - comentou Van, desenvolvendo a metáfora no roseiral de Ardis Manor em fins de agosto de 1884 -, devemos sempre lembrar-nos de que a força, a dignidade e o prazer do homem consistem em despeitar e desprezar as sombras e as estrelas que escondem de nós os seus segredos."
Vladimir Nabokov, Ada ou Ardor, trad. Fernando Pinto Rodrigues, Lisboa: Teorema, 2004, p. 38.