"A - E isso tem sentido?
B - Não, nem tudo pretende ter. Tem tanto sentido como esta noite e este luar e tudo quanto tens dito. De que serve raciocinar, provar, convencer? Veem os factos e é tudo differente. Quanto melhor, meu velho, acceitar a obscuridade lucida das coisas e amar o vago por não termos outro amor!"
Fernando Pessoa, "Salomé", in Teatro Estático, ed. Filipa de Freitas e Patrício Ferrari, Lisboa: Tinta-da-China, 2017, p. 184.
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