"Muitos aléns ficam aquém daquilo que seria para desejar. Embora seja grande a variedade de aléns - pois há-os de luxo, de classe turística e de mais baixas categorias, para empregados públicos e indigentes - a verdade é que as pessoas nem sempre vão para o além que lhes convém. Não é raro, por exemplo, que um asceta, dado às mortificações da carne e a outras atividades masoquistas, vá cair num além maometano com odaliscas, danças de ventre e capitosos banquetes e relaxações. E também não é a primeira vez que acontece a um amante da paz ir para o «repouso dos guerreiros» onde não encontrará para conviver e palestrar durante toda a eternidade outras pessoas que não sejam os que pertenceram em vida às hostes de Gengis-Kan ou aos quadros das SS e da Gestapo."
André Ruellan, Aqui Jaz, trad. Vilhena (?), Lisboa: Edições Branco e Negro, s.d., pp. 83-84.
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