Dom Duarte, Leal Conselheiro, capt. XXV, selecç. e notas F. Costa Marques, 2ª ed., Coimbra: Atlântida, 1973, p. 55."Antre nojo e tristeza eu faço tal deferença, por que a tristeza, per qual quer parte que venha, assim embarga sempre continuadamente o coraçom, que nom dá spaço de poder em al bem pensar nem folgar. E o nojo he a tempos, assi como se vee na morte d'alguus parentes e amigos, onde, aquel tempo que per justa falla ou lembrança se sente, o sentimento he muito rijo. Porem taaes hi ha que, passando o dia, logo riim, fallam, e despachadamente no que lhes praz pensom.E a tristeza nom consente fazer assi, por que he hua door e continuado gastamento com apertamento de coraçom. E o nojo nom continuadamente se sente, salvo se tanto se acrecenta, que derriba em tristeza."
Sunday, August 21, 2011
NOJO, TRISTEZA
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