"És a beleza, Ira. És do andor funerário, a Beleza.
Colar argênteo nas ossadas de Cecílio.
Se derrama o luto gracioso nas nádegas rasgadas.
A tropeçar numa árvore vigorosa um peixecortesã.
Chocante, a amarrá-los. Lâmina fatigada, tão inebriante.
E dizemos: Açoita o céu todo de incenso.
(Segundo o Dom de Deus, imenso.)
Na estampa, Longino, florindo, o que o Senhor vê:
A Ira, a ira é redonda como pétalas de rosas caídas de um tosco poeta
Escudado em poética tosca, de seu gosto."
José Emílio-Nelson, "A Coroa de Espinhos", in A Alegria do Mal - Obra Poética I, Vila Nova de Famalicão: Quasi Edições, 2004, p. 298.
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