"Parece que o repouso perfeito nunca irá existir. Mesmo no paraíso, a serpente levanta a cabeça entre os ramos oprimidos da Árvore do Conhecimento. O silêncio da noite sem sonhos é quebrado pelo bramido da avalanche, pelo silvo dos súbitos dilúvios; o tinido do sino da locomotiva marca o seu movimento majestoso através de uma cidade americana adormecida; o fragor de remos distantes no mar... Seja como for, está a destruir o encanto do paraíso. A cobertura verdejante que nos envolvia, estrelada por diamantes de luz, parecia tremeluzir no incessante movimento dos remos, e o som do sino descontente aparentava não mais ter fim..."
Bram Stoker, A Jóia das Sete Estrelas, trad. Alexandra Tavares, Mem Martins: Publicações Europa-América, 1997, p. 10.