"Não vos inquieteis, ó homens! a respeito dos vossos sentimentos e não receeis que o tempo os leve. Não existe hoje, nem amanhã, nas ressonâncias poderosas da memória, o que existe é sempre. O que deixa de sentir, nunca sentiu! Há duas memórias: a dos sentidos, que se gasta com os sentidos, e que deixa perder as coisas perecíveis, e a da alma, para a qual o tempo não existe, e que revive ao mesmo tempo em todos os pontos do passado e do presente da sua existência; faculdade da alma, que tem, como a própria alma, a ubiquidade, a universalidade e a imortalidade do espírito! Tranquilizem-se os que amam: o tempo só tem poder sobre as horas e não sobre as almas."
Lamartine, Rafael, Lamego: Edições Crisos, 1946, pp. 104-105.
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