A LUZ APENAS (ao divino Marquês)
"Aquele outeiro sombrio
Está de névoas coberto;
Escorre entre canas, perto,
Fraco, e murmurando, um rio.
Naquele negro pinhal
Como tocha funeral,
Brilha modesta candeia,
Que ao pastor pobre alumeia
Com a luz embaciada;
Vem por corvos arrastada
A Tarde;
A luz apenas das estrelas arde!...
Que pavor
Espalha em todo o campo a minha dor!..."
Marquesa de Alorna (D. Leonor de Almeida Portugal Lorena e Lencastre), "Oferenda aos Mortos", in Poetas Pré-Românticos, 2ª ed. Coimbra: Atlântida, 1970, p. 73.
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