"O homem que veste a farda de marujo não obedece somente à prudência. O seu disfarce provém do cerimonial que preside sempre à execução dos crimes premeditados. Podemos começar por dizer o seguinte: envolve o criminoso em nuvens, desliga-o de uma linha de horizonte em que o mar tocava o céu: em longas passadas ondulosas e musculadas fá-lo avançar sobre as águas, personificar a Ursa Maior, a Estrela Polar ou o Cruzeiro do Sul"
Jean Genet, Querelle, trad. Fernanda Pinto Rodrigues, Mem Martins: Publicações Europa- América, s.d., p. 11.
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