"Um facto, porém, podemos estabelecer: nascem os desejos do combate travado entre uns e outros, tal acontecendo quando a razão e os apetites atuam em sentido contrário; sendo tal facto próprio dos seres que possuem a percepção do tempo: move-nos, por conseguinte, o intelecto no sentido de podermos resistir ao futuro; o apetite, pelo contrário, move-nos unicamente na mira do imediato, parecendo o prazer do momento ser-nos agradável e bom absolutamente, de tal modo que não é possível vislumbrar aquilo que realmente acontece."
Aristóteles, Da Alma, 433b5-433b10, trad. Carlos Humberto Gomes, Lisboa: Edições 70, p. 120.
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