"Idealizar as horas é a ambição das vítimas sacrificadas a essas deusas que bailam, em volta do sol. Se as horas doiradas e alígeras nos produzem uma espécie de embriaguez, as horas mortas de luar amortalham-nos em lívido silêncio. Imitamos o nosso espectro, essa ideia imaginada, ou feita imagem que, em vida, temos nós, na morte."
Teixeira de Pascoaes, Uma Fábula (O advogado e o poeta), Porto: Brasília Editora, 1978, p. 9.
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