SUPERFÍCIES CIDADÃS
"Sobre superfícies cidadãs,
desfolhadas folhas de dias,
sobre muros desolados, traças
signos carvões, números de chamas.
Escrita indelével do incêndio,
de testamentos e profecias
volvidos taciturnos esplendores.
Encarnações, desencarnações:
tua pintura é o manto de Verónica
do Cristo sem rosto, chamado tempo."
Octavio Paz, Árvore Adentro, trad. Luís Alves da Costa, Lisboa: Vega, 1994, p. 85.
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