"No espelho do armário viu, sem a reconhecer, uma menina de oito anos envergando um vestido azul e um grande avental branco, com uma cara pálida, aturdida pela violência da sua vida interior, com os dedos manchados de tinta e as pernas fortes e sólidas, calçadas com meias de algodão e grossas botinas amarelas com atacadores."
Irène Némirovsky, O Vinho da Solidão, trad. Júlia Ferreira e José Cláudio, Lisboa: Relógio D'Água, 2013, p. 23.
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