"Dizem os físicos que inicialmente havia o caos, mas não é verdade. O caos persiste nos meus braços e nas minhas pernas, sou uma espécie de substância atómica distraída da estabilidade necessária.
Às vezes, olho-me por dentro, tentando apreender o pensamento de algum Deus que eventualmente por aí exista, e se assim é, será um pensamento obrigatoriamente caótico, disperso, criativo, hesitante, irónico e cruel. Irritante. Um pensamento de criança. Igual ao do mundo. Igual a mim."
Risoleta Pedro Natálio, O Corpo e a Tela, Lisboa: Hugin, 1997, p. 34.
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