"Andando foram. E, depois de andarem,
com a noite a chegar pelo caminho,
abriu-se um tempo de estrutura frágil
que poderia acompanhar os rios.
Aí, parar era possível. Árvores
sugeriam o sono. Mesmo o ritmo
acomodava o lucilar da margem
à sede vagarosa com que os bichos
pungiam o costume dos lugares.
E os deixavam a anoitecer no brilho.
Pararam por ali. Já era tarde.
Passara o tempo a aparecer antigo."
Fernando Echevarría, Geórgicas, Porto: Afrontamento, 1998, p. 50.
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