"O sem sítio rentava o onde arcaica
havia a massa de se instaurar, e em sítio.
Nem o ainda media. Nem mais nada
senão silêncio. Para, depois, o brilho
de um prelúdio em negrura iniciática
concentrar a vertigem do vazio.
Depois ainda, foi a vertigem estaca.
Que a vacuidade prévia pegou brio
e estrondo. De onde apareceu a massa
de uma força que sacudia em ciclos
a glória desastrada
que recomeça na dos cataclismos.
E a tudo presidia, não palavra,
mas o silêncio na palavra inscrito."
Fernando Echevarría, Geórgicas, Porto: Afrontamento, 1998, p. 10.
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