"Tenho em mim deuses e espíritos. Todo eu sou hybris, êxtase, desmesura. Sou o homo demens. A realidade não me domina, nem a televisão, nem o partido. Sou o caos, faço a festa permanente. O homem do trabalho e da técnica nada me diz. Sou o homem só no palco que berra. Sou Dionisos na dança. Celebro o triunfo da Arte sobre a sobrevivência. Sou o homem que vem dos séculos, da floresta. Trago em mim o enigma da existência. Sou rei, mago, poeta. Sou delírio e loucura. Sou o primeiro homem. Não conheço limites, sigo a liberdade antiga."
A. Pedro Ribeiro, Fora da Lei, Braga: e-ditora, 2012, p. 22.
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