"Para ela, em tais ocasiões, não interessava se ele falava a sério ou não, pois na verdade não sabia o que estava a dizer. Por isso atirou em ar de troça: «Qual é a moeda de troca nesse teu mundo?»
Ele não hesitou. «A lágrima.»
«Não é justo», objectou ela. «Algumas pessoas têm de trabalhar muito por uma lágrima. Outras têm-nas só de pensar nelas.»"
Paul Bowles, O Céu que nos Protege [The Sheltering Sky], trad. José Agostinho Baptista, 2ª ed., Lisboa: Assírio & Alvim, 2004, p. 167.
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