TEMPO SEM DEUSES
"Poesia de inverno: poesia do tempo sem deuses
Escolha
Cuidadosa entre restos
Poesia das palavras envergonhadas
Poesia dos problemas de consciência das palavras
Poesia das palavras arrependidas
Quem ousaria dizer:
Seda nácar rosa
Árvore abstracta e desfolhada
No inverno da nossa descrença."
Sophia de Mello Breyner Andresen, Geografia, Lisboa: Caminho, 2004, p. 85.
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