"Esta substância?
outra? a erosão do mundo?
estrelas, focos tensos,
sobre o gás
que brilha, ao acaso,
no rigor das órbitas; escolho
três sílabas fulgentes:
a palavra esplendor;
escrevo-a, irradiando
a noite; ou sendo
o aro dela; e esses três ímanes
repelem, chamam
num jogo frio a pedra,
a luz; incompreensíveis."
Carlos de Oliveira, "Entre Duas Memórias", in Trabalho Poético, Lisboa: Círculo de Leitores, 2001, p. 313.
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