"Tinha um colar e o olhar ferido
comia bolachas na cama
não podia dormir sozinho
tinha por ele prisioneiros bem conhecidos
descia o som quando tocava o telefone
lágrimas de quem viveu o do amor
meninas de transparência
para servir o braço às armas feito
amava furiosamente o escravo e Leonor
tudo o que fosse trova
em redondilhas passodobles."
João Miguel Fernandes Jorge, "O Roubador de Água", in Obra Poética, 2ª ed., vol. 4, Lisboa: Editoral Presença, 1994, p. 176.
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