"Não pode triste viver
Quem esperanças deixar
Nem há no mundo prazer
Igual a desesperar.
A esperança comprida
Bem vedes quão pouco dura,
E dura sempre a tristura
Antes e depois da vida.
Quem esperança tomar
Sempre tristeza há-de ter:
Quem quiser ledo viver
Saiba-se desesperar."
D. João de Meneses (m. 1514), in Poesia Portuguesa do século XII a 1915, org. Cabral do Nascimento, Lisboa: Verbo, 1972, p. 27.
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